A IDEOLOGIA MARXISTA PRESENTE NA OBRA DO SOCIOLINGUISTA MARCOS BAGNO
O livro A Língua de Eulália: novela sociolinguística é um livro que faz uma apresentação teórica em forma de narrativa. É leitura obrigatória em praticamente todos os cursos de Letras do país. O autor é o Prof. Dr. Marcos Bagno (UNB), que apresenta uma realidade típica da linguística, a variação linguística, com um tom social, cunhando assim o termo pelo qual ficou famosos (título de outra obra sua, porém expositiva teórica): o preconceito linguístico. É possível notar na obra desse autor um viés marxista e uma intenção por trás de acabar com esse preconceito e foi o que fiz nesse artigo que foi publicado na revista DE MAGISTRO de Filosofia da Faculdade Católica de Anápolis (ISSN 1808-0626) no ano de 2018, no ano XI, número 23.
RESUMO: O presente trabalho teve por objetivo expor as ideias que compõem o cerne da tese do professor Marco Magno apresentadas em seu livro A Língua de Eulália e analisá-las dentro da esfera filosófica, revelando assim que por detrás do discurso do preconceito linguístico e da dualidade das divisões de “português padrão” e “português não-padrão” revelam-se um discurso de cunho marxista que insere no contexto linguístico a luta de classes e a desvalorização da cultura letrada, própria do Ocidente, chegando-se à conclusão de que Bagno não erra por uma argumentação linguística, mas distorce os fatos em prol da ideologia gramscista. A partir disso, evidencia-se que as intenções do autor são mais do que uma questão de política inclusiva, mas fazem parte de uma pauta já antiga da agenda comunista. Feitas essas investigações, ainda foi feita uma reflexão sobre o valor da tradição escrita e da gramática para a língua portuguesa.
Palavras-chave: Marcos Bagno, sociolinguística, marxismo cultural, língua e cultura.
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